Nesta sexta-feira (17), o internacionalmente famoso teólogo inglês James Innell Packer (1926-2020) faleceu aos 93 anos de idade, na cidade de Vancouver, no Canadá, onde Packer passou os últimos anos de sua vida.
Convertido à fé evangélica após frequentar uma semana da missão da União Cristã da Universidade de Oxford, o inglês viria a se tornar um dos autores cristãos mais influentes em todo o planeta.
História
As principais influências do teólogo foram o teólogo puritano do século XVII, Richard Baxter, sobre o qual ele escreveu uma tese de PhD, e o escritor e pensador cristão C. S. Lewis, conhecido por escrever a série de livros As Crônicas de Nárnia, que já teve mais de uma adaptação ao cinema. Packer serviu a igreja anglicana por anos.
No Reino Unido, ele viria a ser considerado um dos teólogos evangélicos mais influentes de seu tempo, juntamente de John Stott e Martyn Lloyd Jones.
Mais tarde, Packer se mudou para o Canadá, onde ele passou a lecionar na Regent College. A segunda parte de sua vida e obra se tornaram muito influentes nos Estados Unidos da América.
Seu livro mais conhecido, Knowing God (em livre tradução, “Conhecendo Deus”), publicada em 1973, foi e é um verdadeiro sucesso mundial, vendendo mais de 1.5 milhão de cópias ao redor do globo.
Opiniões
Packer ficou conhecido principalmente por sua humildade e sua luta contra o elitismo intelectual. Ele foi um forte defensor da autoridade e da inerrância da Bíblia, o que veio a entrar em diversas controvérsias com seus colegas teólogos de outras fés protestantes.
O teólogo também rodou o mundo fazendo palestras e escreveu um grande número de artigos. Em 2016, ele teve que dar fim ao seu ministério, por conta de seus problemas de visão. Estes mesmos problemas, ainda, vieram a impossibilitá-lo de viajar.
Perguntado, uma vez, acerca do que ele diria à igreja como suas últimas palavras, registra-se que Packer teria dito “Glorifiquem Deus de todas as formas.” Homem de fé, teve muitas homenagens nas redes sociais, com muitos descrevendo sua vida e obra como as do “gigante da teologia do século XX”.