Através de um depoimento nesta sexta-feira, 07 de junho, o ex-motorista de Alexandre Frota, Marcelo Ricardo Silva, está acusando o Deputado Federal (PSL) de o usá-lo como laranja enquanto trabalhava para ele. No depoimento ele relata que assumiu a titularidade de empresas do parlamentar em troca de diversas compensações.
Após as acusações, o vice-líder do PSL na Câmara, Alexandre Frota negou as acusações e através do Twitter ainda publicou um boletim de ocorrência (BO) contra o ex-motorista, onde foi registrado uma denúncia contra ele por tentativa de extorsão.
O depoimento de Marcelo Ricardo foi feito ao Ministério Público de São Paulo, onde relatou que havia assumido a responsabilidade de ser o titular de duas empresas do deputado e ainda de receber pagamentos de terceiros, que eram supostamente repassados para a mulher de frota, Fabi Frota.
Outras acusações
Marcelo Ricardo ainda disse ao MP que trabalhou na campanha eleitoral de Frota e que foi pago por empresários amigos do deputado, onde todos os recursos não foram declarados à Justiça Eleitoral. Ele permaneceu como motorista durante 20 dias no mês de fevereiro, mas acabou sendo exonerado no final do mês.
No depoimento Marcelo cita que Frota conseguiu um emprego na TV Nova Cidade para ele, onde no mesmo ano de 2017 acabou se tornando sócio majoritário de duas empresas, a F.R. Publicidade e Atividades Artísticas e também a DP Publicidade Propaganda e Eventos Ltda.
Frota relata que todas as ações empresariais e negociações feitas com o seu ex-funcionário foram lícitas, onde todo o tipo de relação com o mesmo antes do ano de 2019 eram particulares.
Início dos problemas
A indignação de Marcelo Ricardo começou quando ele pediu o seguro-desemprego após sair de uma empresa, onde o mesmo foi negado pois era sócio de outras empresas. Ao informar Frota sobre o problema com o seguro, o parlamentar falou que isso seria resolvido com uma compensação de R$ 10 mil. Porém este valor nunca foi recebido.
Durante a conversa com o promotor de Justiça, ele relatou que continuou prestando serviços para Alexandre Frota, porém agora no cargo de motorista. Por ordens do próprio Frota ele repassava valores que eram depositados por terceiros e sem origem conhecida para a conta de Fabiana Frota.
Um destes depósitos chegou a ser próximo dos R$ 70 mil.
Frota nega todas as acusações e relata que se trata de um caso de extorsão.