Muitos esperavam que o muro na fronteira do México seria o único a ser construido durante a gestão Trump, mas nesta semana sob ordens do presidente americano, o país começou também a construir o seu muro digital na “fronteira” com a China.
A China vem construindo um muro digital por mais de vinte anos, praticamente se isolando do resto do mundo, onde empresas como o Google e Facebook não podem fazer parte da rotina dos chineses. Mas o isolamento tem um preço, onde seus principais rivais, como os Estados Unidos contam com total liberdade para avançar mundo a fora, a China acaba se limitando ao seu próprio mercado.
O muro digital selou a China de dentro para fora e agora os Estados Unidos estará selando a “parede” de fora para dentro. Essa metáfora está sendo usada para definir a posição de Trump nesta última semana, quando decidiu que o Google não poderá mais ter relações com a gigante chinesa Huawei.
Google x Huawei
Nesta última segunda-feira 20/05 o Google cortou a distribuição de serviços de software que favorecem toda a gestão da Huawei. A Casa Branca decidiu que não irá mais fornecer tecnologia americana para os chineses e todos os softwares e aplicativos Google que são a base para os smartphones Huawei vendidos no mundo todo, não serão mais distribuídos/autorizados.
Com isso a Huawei ficará limitada somente ao mercado interno, já que os serviços Google já são limitados no país. O grande problema está nas vendas internacionais, principalmente no mercado europeu, onde se concentram basicamente 30% de todos os seus clientes.
Isso irá dar uma vantagem imensa para outras empresas, no qual com certeza deixará o sonho da expansão internacional Huawei em esquecimento.
Além dos aplicativos da Play Store e atualizações do Android, a Intel também irá limitar a exportação de chips e microchips que são utilizados nos aparelhos Huawei.
Guerra fria tecnológica
Se os rumos da história continuarem a seguir nesta guerra tecnológica a tendência é que a China irá se isolar cada vez mais, criando o seu próprio “universo tecnológico”, porém se limitando apenas na comercialização federal e com países que não tenham relações com os Estados Unidos.
Mas muitos outros países dependem da tecnologia chinesa e este é só o começo de uma era incerta na produção mundial.
A censura chinesa isolou um quinto de toda a população mundial, onde todos só ouvem rumores sobre o que significa o YouTube, por exemplo.