Teresinha de Almeida Ramos Neves é a mais nova nomeação de Damares Alves, que está à frente do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. A informação veio à tona hoje (31), no Diário Oficial da União e ficou determinado que Teresinha fique no comando do Departamento de Promoção da Dignidade da Mulher, mas as suas convicções com relação ao aborto estão causando polêmica.
Oficialmente, ela não fez qualquer declaração sobre o assunto. Entretanto, foi resgatada uma postagem dela de 2012 na qual ela declarou que as mulheres não deveriam realizar aborto mesmo no caso de a gestação ser fruto de estupro. De acordo com ela, esse tipo de decisão é exatamente igual ao infanticídio,
Sem dúvida, a declaração de Teresinha causou bastante mal-estar, ainda mais por ter sido feita pouco tempo depois de uma menina de 10 anos ter sofrido grandes dificuldades para realizar um aborto legal.
O caso repercutiu no país inteiro, uma vez que a garota vinha sendo abusada há 4 anos pelo seu próprio avô e teve de driblar protestos de religiosos para fazer o aborto em um hospital. Aliás, o médico que realizou o procedimento também foi alvo de ataques de fundamentalistas.
Não se sabe se um dos motivos para que Teresinha tenha sido nomeada é justamente o seu posicionamento contra o aborto em qualquer circunstância.
Aliás, o governo federal já foi amplamente criticado nas últimas semanas por determinar que as mulheres vítimas de estupro, antes de se submeterem ao aborto legal, devam assistir a imagens bastante perturbadoras sobre o que acontece com o feto durante o processo.
Para muitos, essa determinação é cruel e vista como uma afronta aos Direitos Humanos, tendo em vista que a lei assegura que elas possam se submeter ao aborto caso tenham sido vítimas de estupro.
Vale salientar que essa nova estratégia do governo federal não faz com que as mulheres percam o direito ao procedimento, mas tornam todo o trâmite muito mais traumatizante, além de demorado.