A região Amazônica tem mais um problema para se preocupar agora, além das queimadas e do constante desmatamento. Até o ano de 2019, a Polícia Federal tinha como foco um local chamado de polígono da maconha, concentrado entre o sertão de Pernambuco e da Bahia.
Entretanto, o que novos relatórios demonstram é que afloraram novas plantações em diversos municípios, passando por Pará, Maranhão e atingindo a Amazônia Legal.
Crescimento rápido
A Polícia atribui o aumento das plantações à dois fatores principais: o aumento do preço de importação do produto e a migração das organizações criminosas para as cidades do interior do país.
Assim, o número de pés de maconha destruídos pela Polícia Federal nos últimos anos tem saltado exponencialmente. Se em 2018 foram 968.027, no ano seguinte já chegou a 1.585.759.
No ano de 2020, até o inicio de julho já haviam sido destruídos 983.117 pés de cannabis sativa, nome científico da planta.
O tráfico avança na região amazônica
Não é novidade que haja produção da droga no território nacional. O que tem espantado a Polícia é a velocidade com que as novas plantações têm se instalado, e a forma com que têm avançado sobre o território protegido da Amazônia.
Rastreamento feito pelas autoridades apontou a existência de 95 plantações, distribuídas no que equivale a 18 campos de futebol de área.
No ano passado foram encontradas plantações nos municípios de Garrafão do Norte, Concórdia do Pará, Nova Esperança do Piriá e outros do Pará.
As organizações criminosas chegaram
Em 2015 a Polícia Federal havia realizado operação de mapeamento parecida, mas encontrou uma quantidade pouco significativa de plantações de maconha no local.
Na época, as investigações demonstraram que as existentes eram cuidadas por pequenas famílias da região, que eram cooptadas por traficantes, também da região.
O cenário em 2020 é diferente. Durante as investigações, os agentes da Polícia Federal encontraram células de organizações criminosas montadas exclusivamente para controlar o plantio e o tráfico de drogas.
O Primeiro Comando da Capital se apresenta como administrador das plantações e mais uma ameaça para a região amazônica.