O Nobel de Química em 2020 foi anunciado na quarta-feira (dia 7). Foram premiadas duas cientistas que desenvolveram o Crispr, que é uma ferramenta que consegue editar o DNA, que significa o código genético que é dos seres vivos. Essa pesquisa com essa respectiva descoberta, para essa ferramenta foi publicada na revista científica ´´Science“ que é uma das mais respeitadas.
O que significa o Crispr
O Crispr/Cas9 é denominado como uma espécie que é de ´´tesoura genética“, que permite à ciência mudar uma parte que é do código genético encontrado em uma célula. Com essa ´´tesoura´´, é possível, por exemplo, ´´cortar´´ uma parte que é específica do DNA, fazendo com que a célula possa produzir ou não determinadas proteínas.
Com a utilização desse Crispr, os cientistas podem alterar o DNA que é de animais, plantas e de microrganismos, com uma extrema precisão. A tecnologia teve um ´´impacto revolucionário nas ciências da vida´´, de acordo com o comitê do Prêmio Nobel, contribuindo também para as novas terapias que são contra o câncer. Uma ferramenta que no futuro, poderá curar as doenças hereditárias.
O uso do Crispr
Ele é muito usado, por ser bastante fácil, além de ter sido amplamente difundido na pesquisa que é a básica. Ele é usado para alterar o DNA de células e de animais que são de laboratório, com a finalidade de que sejam compreendidos como diferentes genes, que possam funcionar e interagirem, como no caso que acontece com uma doença que ainda está em curso.
A geneticista Mayana Zatz, explicou para o G1. Ela que lidera o Projeto Genoma da USP. ´´ A gente consegue derivar linhagens [de célula] de pacientes de diferentes doenças que são genéticas no laboratório e, a partir do sangue, conseguimos fazer células musculares, neurônios, células pulmonares, qualquer tipo“.
Continua ela: ´´ Com essa tecnologia, a gente tenta corrigir o defeito genético para resgatar o quadro clínico [do paciente]. Ou pode criar mutações e ver o que acontece`´. No laboratório, os cientistas também estão editando os genes que são de porcos, para o desenvolvimento de órgãos para serem transplantados em humanos e sem ter alguma rejeição.