Nesta segunda-feira, dia 17 de junho de 2019, o Vaticano publicou um documento onde resumidamente cogita a possibilidade de que padres de Amazônia possam ser casados e isto está dividindo as opiniões dentro da Igreja Católica.
O Vaticano está recomendando que a Igreja considere a ordenação de pessoas mais velhas, casadas e que já tenham famílias constituídas. A recomendação é a princípio exclusiva para regiões remotas da Amazônia. Outra recomendação é que os novos padres tenham, de preferência, um parentesco ou ascendência indígena.
A notícia pegou de surpresa as agências internacionais, onde ela é a primeira vez que considera a possibilidade de homens casados no sacerdócio.
Mulheres no ministério
Neste mesmo documento o Vaticano ainda recomenda que as mulheres dos padres possam ter algum tipo de ministério oficial, desde que seja identificado a necessidade.
A carta do Vaticano sobre padres serem casados
Parte do documento cita as seguintes opiniões:
“…Afirmando que o celibato é uma dádiva para a Igreja, pede-se que, para as áreas mais remotas da região, se estude a possibilidade da ordenação sacerdotal de pessoas idosas, de preferência indígenas, respeitadas e reconhecidas por sua comunidade, mesmo que já tenham uma família constituída e estável, com a finalidade de assegurar os Sacramentos que acompanhem e sustentem a vida cristã…”
A cerca de dois anos o atual papa Francisco, disse em uma entrevista que era preciso avaliar com outros olhos a possibilidade da ordenação de sacerdotes considerados “Viri Probati”, ou seja, em latim “homens provados”, pois há regiões que necessitam de alguém mais maduro, com boas famílias e que estejam altamente envolvidos na igreja.