Nos últimos dias 12 e 13, o Instituto Datafolha fez uma pesquisa telefônica com milhares de brasileiros a fim de fazer uma pergunta: se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria alguma coisa a ver com as 100.000 mortes que o país atingiu por COVID-19.
O motivo para essa pesquisa foi a grande enxurrada de críticas que Bolsonaro recebeu por causa da sua postura quando esse marco triste foi batido. Além disso, ele já vinha sido criticado de todos os lados desde o começo da pandemia devido à minimização que ele realizaria com relação à gravidade da doença.
No entanto, o resultado da pesquisa acabou por surpreender muita gente: 89% das pessoas que participaram disseram que a causa das mortes tem a ver com outros fatores e não com a postura do presidente. Por outro lado, 11% acreditam que tem, sim, uma parcela de responsabilidade.
Foram ouvidos 2.065 cidadãos e outra informação interessante revelada é que a aprovação do seu governo está, atualmente, em 37%. Pode parecer um número relativamente baixo, mas é uma avaliação positiva, considerando os últimos índices de aprovação do líder do Executivo.
Dentre as pessoas que acham que Bolsonaro tem uma parcela de culpa pelas 100.000 mortes, a grande maioria se considera preta, chegando a 14%.
Vale dizer que, quando o país chegou a 100.000 óbitos, o presidente disse que as pessoas iam tocar a vida e que isso foi considerado desrespeitoso por muitas pessoas, especialmente pelos familiares e amigos das pessoas falecidas.
Cidadãos assumem a culpa pela extensão da pandemia
Na mesma pesquisa, o Instituto Datafolha mostrou que quase metade da população sabe que a postura dos brasileiros está errada e que esse é um dos fatores que faz com que a pandemia se estenda, enquanto já arrefeceu em outros países.
Esse tipo de postura inclui não usar a máscara corretamente (ou não a usar em ocasião nenhuma), além das aglomerações que seguem ocorrendo em várias partes do país.