A situação dos gays, lésbicas, bissexuais, travestis e todos os que fazem parte de uma minoria sexual parece estar ficando ainda mais difícil no Estado do Mato Grosso. Isso porque as autoridades fizeram um levantamento e descobriam que, entre 2019 e 2020, o número de vítimas de crimes que se enquadram como LGBT ficou maior que 50%.
Isso mostra que as preocupações de familiares, amigos e dos próprios LGBT são cada mais fundamentadas e, para ajudar as autoridades a lidar melhor com essas ocorrências, estão sendo oferecidos cursos especificamente voltados para o tema.
Os profissionais que estão dando esses cursos são transexuais e centenas de delegados estão sendo submetidos a palestras de conscientização e de capacitação.
Com isso, espera-se que os crimes contra os LGBT no Estado do Mato Grosso sejam reduzidos e as pessoas que se classificam dessa maneira tenham mais liberdade para estudar, estudar e divertir-se.
No ano de 2019, o número de ocorrências referentes a crimes de homofobia foi de 77; neste ano, que ainda está em setembro, esse número já pulou para 160, demonstrando que a intolerância a minorias está se multiplicando de forma veloz por lá.
É importante salientar que, no ano passado, foi considerado que a homofobia é um crime que deve ser previsto no código penal, ainda mais quando resulta na morte ou lesão muito grave da sua vítima.
No entanto, quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tomou posse em 2018 e nomeou pessoas evangélicas para diversos cargos, a maioria dos casais LGBT resolveu acelerar a realização do seu casamento.
Na época, o medo é que a legalidade da união estável homoafetiva fosse derrubada e esses casais não pudessem mais oficializar o seu relacionamento perante a justiça.
De acordo com o projeto do ano passado, as pessoas que cometerem homofobia poder ficar presas por até seis anos; no caso de assassinato, é somada a pena de homicídio com o agravante de ter ocorrido devido à homofobia.