PokeStops e ginásios do jogo estão espalhados pelo município
Pokémon GO já é um sucesso em Santa Maria. Na manhã de ontem, dezenas de caçadores dos monstrinhos virtuais circulavam com seus smartphones em mãos comentando sobre o jogo. Após semanas de expectativa, a Niantic, desenvolvedora do aplicativo, liberou a novidade para o Brasil no final da tarde de ontem. E, pelo visto, valeu a espera.
Os jovens João Paulo Brum, 19 anos, acadêmico de Engenharia de Telecomunicações, e Árthur Pinheiro, 20, estudante de Engenharia da Computação, ambos da UFSM, aproveitaram o dia ensolarado para caçar pokémons no Calçadão.
“Este jogo é viciante. Na Antiga Reitoria da UFSM tem um PokéStops (local onde os usuários coletam itens de experiência e capturam novos pokémons)”, festejava João Paulo.
Já Árthur estava de olho em um famoso símbolo de Santa Maria.
“Um dos ginásios (local onde os monstrinhos são colocados para batalhar) é no Theatro Treze de Maio”, argumentava o jovem.
Enquanto ambos concediam entrevista à equipe do jornal A Razão, surgiram outras duas acadêmicas da UFSM que também estavam jogando enquanto passeavam pelo Centro. Mariane Daronch, 19, acadêmica de Enfermagem, e Isabella Torres, 20, estudante de Agronegócios, contabilizavam os pokémons encontrados.
“Valeu a pena esperar tanto tempo, o jogo é ótimo”, avaliou Isabella.
Todavia, a recordista, por enquanto, é Mariane, que até as 10h30 desta manhã já havia capturado 28 criaturas.
“Para pegar vários é preciso usar o incenso (item que atrai pokémons) em movimento. Não adianta utilizá-lo e ficar parado. Ou seja, tem que caminhar”, aconselha a jovem.
Porém, teve uma pessoa que não gostou nada desta história. A técnica em enfermagem, Maria Inês Daronch, mãe da Mariane, está preocupada com a nova moda da filha.
“Isso ainda vai dar zebra. Daqui a pouco vão roubar os jovens enquanto eles jogam. Eles não prestam atenção em mais nada”, projeta Maria Inês.
Para professor de Engenharia, Pokémon GO é muito mais que um jogo
Engana-se quem pensa que Pokémon GO seja um jogo voltado apenas para os jovens. Na descida da Rua Floriano Peixoto, o professor universitário de Engenharia de Materiais, Tiago Wolkmer, parou a caminhada para capturar um dos monstrinhos ontem.
“Estou a caminho do médico e me deparei com um Pokémon em frente a esta garagem. Não posso perder a oportunidade”, afirmava Wolkmer.
Segundo o professor, o jogo diferencia-se pela inovação tecnológica que oferece aos usuários através da realidade aumentada. Para capturar os monstrinhos é preciso usar a câmera do smartphone e utilizar o sinal do GPS.
“Pokémon GO agrega em uma única plataforma o mundo externo com ambientes digitais. Por este motivo, todos que baixam o aplicativo acabam “grudados” nesta caçada”, relata.
Wolkmer afirma que já está preparado para a novidade quando voltarem às aulas da UFSM, na próxima semana.
Segundo ele, a caça estará liberada em sala de aula. Mas, com uma ressalva.
“Acadêmicos de Engenharia possuem um perfil mais tecnológico e vai ser difícil segurar a garotada na aula. Vou deixar eles jogarem sim. Porém, com uma condição: Nada de Pokémon Go na hora da prova!”, avisa desde já o professor.
Primeira caçada em grupo de Santa Maria já tem data marcada
Os fãs de pokémons já prepararam uma caçada em grupo de Santa Maria. O evento “Primeira Caçada Pokémon de Santa Maria” foi criado esta manhã, no Facebook, e está marcado para domingo, das 14h às 18h, no Calçadão. O ponto de encontro será próximo ao Theatro Treze de Maio.
Até as 14h desta tarde, 595 pessoas demonstraram interesse em comparecer ao evento, enquanto outras 949 disseram estar interessadas. Para mais detalhes, clique aqui.
Entenda o jogo
O aplicativo pode ser baixo grátis nas lojas de aplicativo da Apple e do Google. O objetivo de Pokémon GO é que você ande por aí para encontrá-los e capturá-los. Para isso, basta arrastar a pokébola que aparece na parte de baixo da tela do smartphone em direção do pokémon.
Algumas criaturinhas são mais difíceis de pegar. Mas conforme os treinadores jogam, novas pokébolas mais eficazes também ficam disponíveis.