Ultimamente, quando se trata de “excessos policiais”, as pessoas logo lembram da polícia dos Estados Unidos, que se envolveu em diversas grandes polêmicas neste ano. Contudo, os oficiais da capital da China, Hong Kong, também chocaram o mundo depois que as filmagens de uma abordagem vieram à tona hoje (08).
A cidade estava registrando alguns protestos e, a fim de dispersar a multidão, as autoridades pediram a intervenção policial. O problema é que uma menina de 12 anos estava coincidentemente passando pela região naquela hora e, por ter ficado com medo da ação dos policiais, saiu correndo.
Acreditando que se tratava de um dos manifestantes, alguns policiais agarraram a menina de modo bem violento, tentando imobilizá-la no chão.
Logo que informada, a família da menina esclareceu que ela estava comprando materiais escolares e que não tinha nenhuma relação com os manifestantes. Ao rebater o que os oficiais consideraram “conduta suspeita”, a família disse que se tratou de medo da confusão generalizada na área dos protestos.
Inclusive, o motivo para que tantas pessoas estivessem nas ruas de Hong Kong seria o fato de as eleições legislativas não acontecerem mais a data prevista. A justificativa, de acordo com as autoridades, seriam os riscos associados ao surto do novo coronavírus.
A cena das manifestações e da abordagem contra a garota de 12 anos aconteceu no último dia 6 e, de acordo com o que a mãe afirmou, a família tomará providências legais devido ao ocorrido. Não há notícias sobre a menina, mas acredita-se que ela está bem fisicamente, apesar de assustada.
Também não foram dados esclarecimentos relacionados ao futuro dos oficiais chineses envolvidos na abordagem, ou seja, se eles serão afastados ou se continuarão fazendo patrulhas.
Muitos defendem que esses oficiais deveriam ficar longe da corporação policial de Hong Kong enquanto é apurado se a conduta deles foi abusiva ou não.
No Brasil, uma situação semelhante de abuso policial foi notificada recentemente, com um oficial quase sufocando com os joelhos uma comerciante durante a pandemia.