Dois membros do Parlamento inglês, que geralmente ficam em lados opostos da disputa política, juntaram forças para fazer um apelo por mais liberdade religiosa em Montenegro.
Tim Farron, integrante do Partido Liberal Democrata, e Steve Baker, membro do Partido Conservador, instaram o Reino Unido, a União Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para pressionarem Milo Djukanovic, presidente do país.
Lei de religião
Montenegro é um pequeno país nos Balcãs, que faz fronteira com a Sérvia. O país busca se tornar um país-membro da União Europeia. Em dezembro do ano passado, passou uma lei que vitima uma série de comunidades religiosas, dentre as quais a evangélica.
Os dois integrantes do Parlamento inglês escreveram um artigo conjunto no jornal Newsweek. Com a nova lei, agora é obrigatório obter uma licença estatal para praticar a religião.
Além disso, os bens de comunidades religiosas deverão ser registrados, cabendo a oficiais do governo tomar a decisão sobre todos os conflitos envolvendo propriedades religiosas, sem qualquer recurso às cortes judiciais.
Para Farron e Baker, a lei é contrária às normas modernas e democráticas, direitos de propriedade e direitos individuais de prática de fé sem a interferência estatal.
Liberdade de religião
Como cristãos, ele colocaram as diferenças políticas de lado para defender um valor maior: a liberdade religiosa. Segundo eles, não haveria desculpa para ficarem silenciosos e não disputarem os ataques aos religiosos na Europa.
Tim Farron, falando sobre o artigo, insiste na necessidade de se tirar o assunto das sombras e se discutir ele mais publicamente. Ele acredita que, apesar de não se falar muito nisso, os cristãos são uma das religiões que mais sofrem perseguições no mundo.
“Eu acho que de todas as fés do planeta, cristãos sofrem o maior volume e alcance de perseguição”, disse o político.
“Então é massivamente importante que o governo se engaje com isso”, acrescentou.
O ex-secretário do exterior Jeremy Hunt, respondendo um tweet sobre o artigo dos parlamentares, disse que a liberdade de culto é um direito humano básico, mas muitas vezes os cristãos são esquecidos.
Ele juntou sua voz ao coro que defende uma proteção robusta dos direitos religiosos.