O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos) está livre do processo de impeachment que estava em andamento na Câmara dos Vereadores. De acordo com o Jorge Filipe, que é o presidente da Casa, não existem provas e nem mesmo gravidade suficiente para que se dê andamento a um processo de impeachment.
No entanto, chamou a atenção de muitos o fato de Jorge Filipe ter chegado a essa conclusão em aproximadamente 24 horas quando costuma ser necessário bem mais avaliação para que uma solicitação do porte de um pedido de impeachment seja estudada.
De acordo com o que ele declarou, as acusações sem gravidade suficiente ficam ligeiramente suspeitas quando são feitas em um período próximo ao da realização das eleições. Inclusive, Crivella será mais um dos candidatos, tentando manter o seu cargo na Prefeitura.
Mesmo assim, é importante destacar que as denúncias de Fernando Lyra Reis são potencialmente graves: ele afirma que, em 2018, o prefeito teria agido de modo ilícito na renovação de contratos voltados ao setor de construções urbanas.
Quando Lyra entregou esse pedido de impeachment, houve uma análise e declarou-se que não havia provas o bastante, sendo preciso arrolar testemunhas. Por isso, dois vereadores foram selecionados para essa tarefa: Willian Coelho e Paulo Messina.
O que parece, o prefeito Marcelo Crivella não precisará se preocupar com um julgamento de impeachment às vésperas das eleições de 2020. Estas, inclusive, foram remarcadas para 15 de novembro (1° turno) e 29 de novembro (2° turno, se necessário). Com essa medida, todos os eleitos poderão tomar posse dos seus cargos no dia 1° de janeiro.
Não é o primeiro escândalo de Crivella
A acusação de contratos ilícitos não é a primeira feita contra o prefeito carioca. No final de 2018, por exemplo, ocorreu um bloqueio judicial dos seus bens e q justificativa era uma ação que estava correndo no Ministério Público Federal. Além disso, ele é constantemente acusado de favorecer os fiéis evangélicos e de ter conduta preconceituosa.