Hoje, o atual presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, será devidamente encaminhado ao Conselho de Ética por conta da contratação de um personal trainer pelo valor de R$30 mil reais.
A priori, o pedido de encaminhamento do presidente da Caixa Econômica Federal foi levado a Comissão de Ética Pública da Presidência da República e para o Ministério Público.
O pedido ao Conselho de Ética em relação ao presidente da Caixa Econômica Federal

Primeiramente, a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) entrou com duas representações, uma no Ministério Público. Por sua vez, outra na Comissão de Ética Pública da Presidência da República. O motivo é a contratação, por parte do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, do seu personal trainer, cujo nome é Cleyton Carregari, para ser consultor da presidência da referida instituição.
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Desse modo, de acordo com a deputada, essa nomeação não é correta e nem adequada por basicamente dois motivos:
- Trata-se da nomeação para uma função pública, porém com interesses particulares. Isso descumpre o critério de impessoalidade exigido para a contratação;
- Desrespeita e menospreza a capacidade técnica para exercer um cargo na Caixa.
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Em outras palavras, um personal trainer não tem os conhecimentos necessários para o cumprimento da função. Além disso, seria ainda, segundo a deputada, uso indevido do dinheiro público.
O processo de privatização das estatais
Durante uma entrevista para o jornal Brasil 247, a deputada Erika Kokay disse que a gestão Bolsonaro quer apressar a privatização das estatais brasileiras. Ademais, isso iria na contramão do crescimento registrado em 132% e lucro líquido de 74 bilhões, em 2018, apresentados por essas estatais.
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Por outro lado, o governo Bolsonaro busca atribuir esse crescimento a outros fatores. Outrossim, segundo ele, seria devido a contenção de gastos e as vendas de ativos que ocorrem desde 2016.
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No entanto, conforme enunciam especialistas e políticos, a privatização de estatais sob a justificativa de maior eficiência não se comprova em inúmeros casos. Aliás, um exemplo evidente disso seria o desastre em Mariana e Brumadinho, que ocorreram com a Vale já privatizada.