O acidente que culminou em uma explosão no porto de Beirute, capital do Líbano, continua sendo investigado, ao mesmo tempo em que a cidade tenta se reerguer de todo o caos. Milhares de famílias estão de luto, muitas pessoas estão internadas tratando das sequelas e a capital continua sob escombros.
No entanto, o presidente do país, Michel Aoun, também está precisando lidar com diferentes acusações vindas da população e de autoridades que dizem que ele já tinha conhecimento da substância perigosa que estava guardada no porto, com potencial explosivo.
Em meio à grande pressão política e social, Hassan Diab, que ocupava o cargo de vice-presidente, resolveu pedir a sua denúncia e acredita-se que o mesmo aconteça em breve com Aoun.
Hoje (12), a rede social da presidência fez uma publicação onde é confirmado que o armazenamento de nitrato de amônio no porto de Beirute já era conhecido por Aoun. Porém, foi assegurado que os órgãos que poderiam fazer uma vistoria e mesmo retirar a substância perigosa de lá tinham sido avisados.
Essa é uma maneira de o presidente do Líbano também “jogar” a culpa para outras instituições públicas. Afinal, se elas já tinham sido comunicadas por ele mesmo da existência do nitrato de amônio, por que não fizeram a sua retirada?
As investigações com relação ao conhecimento prévio do presidente continuarão e, se for confirmado que Aoun sabia mesmo da situação no porto de Beirute, ele poderá ser retirado do cargo. Outra possibilidade, como já dito, é eu ele mesmo não aguente a pressão e renuncie.
Cidade recebe doações brasileiras
A relação cultural entre o Brasil e Líbano sempre foi estreita: o Brasil tem uma grande colônia de libaneses, assim como há milhares de brasileiros vivendo no Líbano.
Por causa disso, o governo federal usará uma aeronave da FAB para levar doações de empresas privadas, como alimentos e remédios. Quem comandará essa ajuda humanitária é o ex-presidente Michel Temer, de ascendência libanesa.