Muita gente se lembra das investigações que envolveram o nome do ex-presidente Michel Temer (PSDB) e um de seus ministros, o Geddel Vieira Lima, que foi flagrado pela polícia andando com malas repletas de dinheiro decorrente de crime de corrupção.
A operação responsável por desvendar esses e outros crimes é a Greenfield, que era liderada até hoje (4) pelo procurador Anselmo Lopes. No entanto, ele pediu o seu desligamento por não concordar com a forma como a Procuradoria Geral da República tem lidado com essa operação.
Existindo há nada menos que quatro anos, ela é composta não apenas por Anselmo Lopes, mas por outros profissionais, que passariam a trabalhar em tempo menor na Greenfield, enquanto ele manteria a sua jornada integral, coisa que o desagradou.
Cabe salientar que a PGR já está acompanhando de perto as forças-tarefa de diversos casos há um tempo, inclusive deixando claro o fato de não concordar com a sua forma de funcionar.
Lopes chegou a preparar uma declaração oficial para os outros procuradores e demais profissionais que trabalharam com ele nessa investigação e ele usa o documento para classificar como “inaceitável” a atitude tomada pela PGR.
Lava Jato também está passando por dificuldades
Além da pressão que a Procuradoria Geral da República tem feito para modificar a forma como as forças-tarefa têm funcionado, essas investigações da Polícia Federal têm lidado com outros problemas, inclusive em São Paulo e na cidade de Curitiba.
Em ambos os casos, trata-se da saída de profissionais que são muito importantes para as investigações de corrupção, sempre envolvendo grandes nomes da política nacional.
No caso de São Paulo, o que chamou a atenção foi que muitos dos agentes simplesmente resolveram deixar de fazer parte das investigações.
Ao mesmo tempo, na cidade de Curitiba, um dos principais nomes da força-tarefa pediu o seu desligamento de livre e espontânea vontade: foi Deltan Dallagnol, que esteve ao lado do então juiz Sérgio Moro, protagonizando as investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).