A Polícia Federal prendeu nesta semana um dos suspeitos no envolvimento dos recentes casos de hackeamento do ministro da Justiça, Sérgio Moro e de procuradores que estavam envolvidos na operação Lava Jato.
Mas o Partido dos Trabalhadores (PT) acabou sendo citado por ele sobre estas invasões, onde o PT acabou divulgando uma nota neste sábado (27/07), relatando que o envolvimento do partido com este problema não passa de uma farsa.
Em depoimento à PF, o acusado, DJ Gustavo Henrique Elias Santos, relatou que Walter Delgatti Neto, era simpatizante do Partido dos Trabalhadores. Walter confessou durante o seu depoimento que foi o responsável por obter as conversas das autoridades.
Segundo Gustavo Henrique, Walter Delgatti relatou que iria vender todo o conteúdo das contas do Telegram ao Partido dos Trabalhadores, mas não divulgou quem seria responsável por receber este conteúdo, tão pouco fazer o pagamento dos valores.
Walter Delgatti, o principal suspeito deste hackeamento foi expulso na quinta-feira (25/07) do partido DEM.
Todos os envolvidos no caso do hackeamento foram condenados pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, a permanecerem por mais cinco dias na prisão, até que todos os principais detalhes de seus envolvimentos sejam esclarecidos.
Depoimento falso
Na nota do Partido dos Trabalhadores, eles relatam que estão sendo sempre alvo deste tipo de farsa, citando um caso sobre a eleição presidencial de 1989, onde na véspera a polícia acabou vestindo camisetas do PT em sequestradores do empresário Abílio Diniz, antes de fazer a apresentação diante da imprensa.
Segundo o partido os advogados já foram notificados e eles deverão tomar todas as medidas judiciais cabíveis contra os responsáveis por esta “farsa”. O PT termina sua nota dizendo que “- quem deve explicações ao Brasil e à Justiça é o ministro Sergio Moro, e não quem está realizando a denúncia de seus crimes”.