O número de pessoas que recebem algum auxílio por causa da situação de vulnerabilidade vem aumentando e, neste ano, esse índice chegou a um recorde. Apesar de o mês de agosto ainda estar terminando, foi possível apurar que o volume de pessoas que precisam de assistência subiu 34%. Agora, está em aproximadamente 44%.
Sem dúvida, essa é uma situação que faz com que as autoridades repensem bem a qualidade de vida dos brasileiros, já que quase metade da população do país não tem condição de se sustentar apenas com o seu próprio salário.
Na verdade, uma parte preocupante das pessoas nem mesmo recebe um salário, trabalhando apenas de forma sazonal e não tendo uma renda fixa, muito menos suficiente para que as despesas da família sejam cobertas.
A contabilização levou em conta apenas alguns benefícios oferecidos pelo governo federal: o Benefício da Prestação Continuada, o Seguro Defeso, o Bolsa Família e o Seguro Defeso.
Em quase todo o país, existe mais gente recebendo algum tipo de assistência federal do que pessoas com um emprego formal, com todos os direitos que são previstos na Lei de Consolidação do Trabalho (CLT). Apenas dois Estados ficam livres dessa condição, o que reforça a ideia de que a distribuição de renda continua muito ruim no país.
É claro que um dos benefícios que mais tem pessoas cadastradas é o Bolsa Família, que existe desde 2003 no país. No entanto, o auxílio emergencial também cooperou para que os 44% fossem alcançados mais rápido, uma vez que muitas pessoas se cadastraram para o recebimento dos R$ 1.200 máximos e R$ 600 mínimos, em época de pandemia.
A quantidade de pessoas assistidas por auxílios governamentais pode crescer ainda mais, caso o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) consiga criar mesmo o Renda Brasil.
Nesse programa de transferência de renda estariam incluídas pessoas que já recebem o Bolsa Família e também algumas que têm situação de vulnerabilidade, mas que não recebem um auxílio oficial por não se encaixarem em nenhum.