A situação para os cristãos que vivem na China fica cada vez mais complicada por causa da fiscalização feita pelo Partido Comunista do país. Isso porque, além de ele determinar quais são as igrejas cristãs que podem funcionar e quais são vetadas, ele também está fiscalizando os livros utilizados pelas congregações.
Em certos casos, o regime de Xi Jinping está até mesmo retirando das igrejas cristãs os livros que não considera apropriado, providenciando a sua destruição. É claro que as igrejas que são flagradas usando os livros considerados inapropriados pelo governo local podem ser penalizadas e fechadas, se reincidentes.
Não se sabe exatamente o que o governo chinês considera como livros perigosos: pode ser que eles estejam relacionados apenas à editora. Afinal, existe uma lista de empresas do setor que, de acordo com Xi Jinping, podem fornecer os materiais impressos desse tipo, sem nenhum risco.
Porém, as igrejas que compram livros ou quaisquer outros materiais que tenham de editoras diferentes podem ser flagradas pelos representantes do Partido Comunista da China.
Cabe dizer que essas restrições se aplicam até mesmo às versões da Bíblia que cada Igreja utiliza e que a situação caótica foi levada a público pelo site especializado Bitter Winter.
Mesmo governo já fez mudanças na forma como os líderes pregam
Em pouco tempo, esse é apenas mais um relato de como o Partido Comunista da China está interferindo de forma brusca no funcionamento das igrejas cristãs no país. De acordo com pessoas envolvidas com essa fé e com o próprio Bitter Winter, os líderes religiosos são obrigados a falar bem do regime para que as suas congregações voltem a funcionar.
Vale lembrar que o país teve as suas igrejas fechadas por causa da pandemia de COVID-19 e, aparentemente, Xi Jinping tem se aproveitado do contexto para obrigar líderes religiosos a se tornar porta-vozes dos seus bons atos.
Para os fiéis, a decepção por ficar a maior parte do tempo ouvindo elogios ao governo local é grande.