Há alguns meses, surgiu com bastante força a possibilidade de o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) substituir o programa de transferência de renda Bolsa Família para um novo, com praticamente a mesma funcionalidade, chamado Renda Brasil.
Todavia, depois de uma série de desentendimentos com a equipe econômica por causa da dificuldade para arranjar verba suficiente, parece que o Renda Brasil já naufragou e não será tirado do papel.
De acordo com a declaração mais recente de Bolsonaro sobre o assunto, as pessoas de baixa renda continuarão recebendo o Bolsa Família, instituído pelo ex-presidente Lula em 2003, no seu primeiro mandato.
O mal-estar mais recente com relação ao Renda Brasil teria se instalado quando surgiu a ideia de congelar benefícios previdenciários como uma forma de criar os recursos necessários; essa possibilidade teria sido mencionada por Waldery Rodrigues, que é o Secretário Especial do Ministério da Economia.
Na realidade, a ideia era que as pessoas não recebessem nem pensões e nem aposentadorias por um período de dois anos e isso chegou a ser dito ao G1.
Contudo, essa possibilidade desagradou o presidente Bolsonaro, que declarou que o Bolsa Família seguirá como o programa de transferência de renda oficial. Além disso, a sua insatisfação foi tão além que o líder do Executivo declarou que ninguém mais deveria mencionar o nome “Renda Brasil”.
Cabe lembrar que essa não é a primeira vez em que chegam à tona mudanças com relação ao Bolsa Família: desde as campanhas presidenciais, Bolsonaro manifesta o interesse de criar um décimo terceiro salário para os beneficiários, mas esbarra na dificuldade de conseguir dinheiro o bastante.
É calculado que os custos se aproximariam de R$ 3.000.000.000.