Em virtude da pandemia do novo coronavírus, as agências do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, estiveram fechadas entre os meses de março e setembro. Somente no mês passado as unidades físicas começaram a atender presencialmente.
Logo de início, um problema surgiu com os médicos peritos, os quais afirmaram que não retornariam ao trabalho, em virtude da falta de segurança com relação à pandemia. Depois de muita conversa, a maioria deles já voltou ao trabalho.
No entanto, mesmo assim, quem precisa reagendar uma perícia médica não está encontrando facilidades.
Segurados não conseguem marcar perícias
Quando as unidades estavam fechadas, muitas pessoas deram entrada no pedido de aposentadoria por deficiência, combinado com idade. Na época, o INSS respondeu que o pedido dependia de perícia presencial para ser analisado e só então deferido.
Quando as unidades reabriram, os segurados começaram a ir até o local para tentar agendar as perícias. No entanto, foram avisados que as agências, por enquanto, não estavam marcando perícias e que o INSS entraria em contato para marcar a data.
Na central de atendimento 135 também não se consegue fazer o agendamento. A ligação, que costuma durar mais de uma hora, termina com o atendente dizendo que não pode agendar, ou caindo, antes que se possa conversar com alguém.
O grande problema
O INSS já informou que, mesmo com as perícias demorando, caso o benefício seja concedido, o segurado terá direito ao pagamento desde o momento em que protocolou o pedido inicial.
O problema é que muitos dos que fizeram o pedido não tem mais trabalho, em virtude da pandemia, e sobrevive exclusivamente do auxílio emergencial, que tem data para acabar.
O INSS precisa agilizar seus processos, ou muita gente vai passar necessidades, ainda que tenha direito a aposentadoria.