Em todo o mundo estão sendo tomadas medidas que visam impedir a propagação do novo coronavírus entre as pessoas. Nesse cenário os efeitos econômicos estão cada vez mais negativos em várias áreas, atingindo, inclusive, muitas das sociedades bíblicas espalhadas pelo mundo.
Muitas delas têm relatado sérias dificuldades para continuar atuando em muitos países. Com o impedimento, muitas das pessoas envolvidas estão enfrentando dificuldades financeiras, já que a venda de bíblias é, muitas vezes, sua atividade principal.
245 milhões de pessoas sem acesso à bíblia
Christian Today, em entrevista, afirma que a impossibilidade de realizar as vendas está colocando a própria existência das entidades bíblicas em xeque.
No Egito, em Burkina Fasso e na Jordânia são grandes as chances das Sociedades Bíblicas fecharem as portas. O mesmo cenário se repete em ao menos outros 88 países, onde cerca de 150 entidades bíblicas passam por dificuldades e podem fechar as portas.
O fechamento das Sociedades Bíblicas teria um impacto global em cerca de 245 milhões de cristãos que deixariam de ter acesso às bíblias.
Segundo o diretor da Missão Internacional para a Sociedade Bíblica na Inglaterra, Oldi Morava, se a situação continuar assim haverá a paralisação da distribuição de bíblias em vários países, com risco de não haver acesso ao livro sagrado por parte das comunidades cristãs.
Campanha
Em apoio às sociedades bíblicas que estão enfrentando dificuldades em todos o mundo, a Sociedade Bíblica da Inglaterra lançou uma campanha que visa ajudar entidades que atuam no setor em todo o mundo.
A ideia é distribuir a todas as entidades um valor de até 5 milhões de libras, ou seja, algo em torno de R$35 milhões.
Os primeiros valores levantados já foram encaminhados para as Sociedades Bíblicas que estavam em situação mais calamitosa, por isso as Sociedades na Gâmbia, na Costa Rica e no Sri Lanka já receberam algum auxílio.
Morava acrescentou que as Sociedades Bíblicas tem mais de 200 anos e já enfrentaram muitas dificuldades, como duas guerras mundiais e a pandemia de 1918, por isso, serão capazes de continuar lutando.