Na manhã desta quinta-feira, a Polícia Civil do Estado do Ceará deflagrou uma operação visando combater crimes sexuais. A ação começou as 5h e, por volta das 6h55 já havia prendido 18 pessoas, em diversas cidades do Estado.
Participaram da operação 140 policiais civis, os quais realizaram ações em Fortaleza, Içó, Umiririm e na região metropolitana. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão. Apesar do número de presos, a Polícia não informou o número de mandados.
Crianças e adolescentes
Segundo Sérgio Pereira, delegado geral adjunto da Polícia Civil, a maioria das vítimas é formada por crianças e adolescentes. Os presos teriam preferência por menores de 14 anos ou pessoas com alguma deficiência intelectual.
Da mesma forma, sempre buscavam aqueles que não pudessem oferecer resistência, por algum motivo. Segundo o delegado, nesses casos se presume que agiram com violência, dada a previsão em lei.
A ação
A ação que se estendeu por todo o estado está sendo coordenada pelo Departamento Técnico Operacional e pela Delegacia de Capturas e Polinter. Além disso, várias outras unidades, da capital, da região metropolitana e do interior estão participando.
Os mandados continuam a ser cumpridos e ainda não há uma perspectiva de quantas pessoas podem ser presas. Para proteger a ação e não assustar os alvos, a Polícia preferiu não indicar o número de mandados expedidos e os locais onde devem ser cumpridos.
Os presos
Os presos serão todos encaminhados para a Delegacia de Polícia para que possam esclarecer sua participação nos fatos apurados. A depender do tipo de mandado podem ficar presos cinco, prisão temporária, ou 30 dias, prisão preventiva.
Já os objetos e documentos que forem pegos nas buscas e apreensões tendem a ser encaminhados para o instituto de criminalística. Após a realização da perícia, os laudos serão encaminhados ao Ministério Público.
Nenhum dos presos ainda foi denunciado, mas isso pode ocorrer a qualquer momento, dependendo das provas.
O Ministério Público tem cinco dias para apresentar uma denúncia contra os investigados que se encontram presos de maneira temporária ou preventiva.