O traficante Clauvino da Silva, conhecido no mundo do crime como “Baixinho”, ficou famoso na última semana após um vídeo de sua tentativa de fuga como mulher ter viralizado nas redes sociais. O preso tentou escapar da cadeia neste final de semana vestido de mulher e nesta segunda foi transferido para a ala de isolamento.
Ele tentou fugir vestido com uma máscara de silicone, peruca, roupas femininas e até mesmo sutiã.
Clauvino foi para o setor de isolamento da penitenciária de segurança máxima, Laércio da Costa Pelegrino, Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Sua punição mais severa será de 10 dias, mas pode ser que ele sofra novas sanções pois um processo administrativo foi iniciado pela corregedoria da Secretaria de Administração Penitenciária SEAP.
Fuga inusitada
Os agentes penitenciários desconfiaram de Clauvino logo após o fim da visita que ocorreu no último sábado. Sua intenção era deixar Bangu se passando pela filha, Ana Gabriele Leandro da Silva, de 19 anos, que foi a visitante do preso neste dia.
Todo visitante da unidade prisional, deixam na portaria uma carteirinha de visitação e ele só é devolvido na saída. Clauvino deveria pegar a carteira da filha, que permanecia ainda dentro da unidade, mas que após a fuga do pai, tentaria deixar o presídio alegando que tal documento havia desaparecido.
Mas o plano foi por “água abaixo” pois Clauvino foi abordado na portaria e os agentes gravaram a retirada da peruca, máscara e outros itens do disfarce.
Filha presa e outras suspeitas
A filha do traficante foi autuada em flagrante na 35ªDP (Campo Grande) sob o crime de Facilitação de Fuga, onde deverá permanecer presa por seis meses a dois anos.
Já o traficante não terá mais anos acrescidos em sua sentença, pois só teria cometido um delito segundo o Código Penal, se a tentativa de fuga tivesse sido praticada com o uso de violência. Mas ele deve sofrer sanções disciplinares, como a ida até a solitária e também a não progressão de regime.
Além da filha pega em flagrante, a SEAP acredita que há o envolvimento de outras visitantes, inclusive uma grávida. Ela é hoje a principal suspeita por fornecer a máscara para o preso, pois não precisa passar pelo procedimento de revista como todos os outros visitantes.