O governo da Rússia tem divulgado com grande satisfação que a sua vacina já está praticamente pronta para ser aplicada à população em massa. Com o nome de Sputinik V, porém, ela teve a sua confiabilidade contestada por quase 40 pesquisadores, que acreditam que não existem embasamentos suficientes para que ela seja vista como segura.
Esses pesquisadores vêm de 12 países e, de acordo com eles, é possível que a Rússia tenha divulgado ao público informações duplicadas, o que poderia dar a ideia de que há mais resultados positivos do que é realmente verdade.
Até mesmo a aclamada revista científica Nature já deu visibilidade a essas “dúvidas” dos pesquisadores a respeito da confiabilidade do imunizante, fazendo com que o Instituto Gamaleya, que é o responsável fabricante da vacina, manifeste-se garantindo que o composto não é perigoso.
Há algumas semanas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já tinha declarado que queria mais dados gerais com relação ao imunizante russo e a resposta obtida foi de que eles seriam concedidos para análise da equipe científica do órgão.
Mesmo assim, os pesquisadores do mundo todo defendem que ainda não é seguro aplicar a Sputinik V porque é preciso avaliar melhor todos os resultados até agora.
Também há declarações de cunho alarmante na revista científica The Lancet: a dúvida é a mesma com relação ao nível de segurança que a vacina russa proporciona.
Futuramente, o governo brasileiro permitirá que esse imunizante seja testado por aqui, como já acontece com vacinas sul-africanas, chinesas, norte-americanas e inglesas. Em um primeiro momento, apenas dois Estados foram selecionados para isso: o Paraná e a Bahia.
Atualmente, a vacina russa já se encontra registrada e está na fase 3.