O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, segue tentando evitar que o seu vice assuma o cargo por causa das denúncias de corrupção. Agora, uma representação foi enviada em seu nome para o Supremo Tribunal Federal com a finalidade de fazer com que haja revisão em alguns pontos do seu afastamento.
Uma das coisas às quais a sua defesa está se agarrando é à suposta falta de clareza com relação a como ocorrerá a votação pelo afastamento de Witzel. Os seus advogados querem que o STF esclareça quantos votos serão necessários para que Witzel fique por 6 meses afastado do cargo enquanto a investigação é feita.
No entanto, não é esse o único ponto levantado pela representação dos advogados do governador: para eles, o processo tem alguns pontos que precisam ser melhor explicados, inclusive para que a defesa possa trabalhar com mais convicção.
Ainda não se sabe quando o Supremo Tribunal Federal fará a apreciação do que foi pedido pelos advogados, mas eles estão esperançosos de que isso aconteça na quarta-feira. Esse é um artifício para que Wilson Witzel siga no seu cargo por mais tempo.
Acusações podem fazer com que Witzel seja preso
Em abril, surgiu uma denúncia de que o Instituto Iabas teria sido escolhido de modo irregular para fazer a construção de hospitais de campanha no Rio de Janeiro, obras necessárias por causa da pandemia de COVID-19.
Entretanto, o curso das investigações mostrou que havia ainda mais possíveis propinas pagas ao governo do Estado, no que ficou denominado como “caixinha”. Para as autoridades, as empresas só conseguiam fechar um contrato com o governo carioca caso deixassem determinadas quantias nessa “caixinha”.
Cabe ressaltar que as informações da polícia também dão conta de que Helena Witzel, esposa do governador, teria tido as suas contas bancárias envolvidas no processo de corrupção, atuando como uma “laranja”. Aparentemente, a quantia que circulava irregularmente na conta da primeira-dama do Rio de Janeiro é de R$ 500.000, resultado de três anos de depósitos suspeitos.