Mais uma grande empresa está sendo investigada pela Polícia Federal pela possibilidade de estar envolvida em crime de corrupção. Trata-se do Banco Paulista que teria cobrado taxas muito mais altas do que o necessário com a finalidade de “fazer um caixa” para repassar à Petrobrás.
Incluída na Operação Lava Jato, a transação ilícita foi a responsável por 25 mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira, dia 10; as ordens estão em execução em Teresópolis, São Paulo e Rio de Janeiro.
O crime funcionado da seguinte maneira: quando a Petrobrás precisasse fazer atividades cambiais, a escolha seria o Banco Paulista. Como uma espécie de “recompensa”, o banco ofereceria o excedente de taxas abusivas como propina.
A Polícia Federal chegou à conclusão de que essas atividades criminosas aconteceram por três anos, de 2008 a 2011.
Foi a 13ª Vara Federal de Curitiba, por meio do juiz Luiz Antonio Bonat, que decretou que a busca e apreensão deveria ser feita hoje, nos três municípios mencionados. Espera-se confirmar que esses crimes tenham causado a movimentação de quase R$ 8.000.000.
De acordo com as afirmações de Alessandro Oliveira, que passou a chefiar a operação Lava Jato recentemente no lugar de Deltan Dallagnol, as partes envolvidas também se beneficiavam de lavagem de dinheiro para que a atividade corrupta não levantasse suspeitas.
Dentre as pessoas que tiveram alguns bens e documentos bloqueados por causa do mandado, encontram-se funcionários do Banco Paulista que ficavam responsáveis pelas negociações de câmbio com a estatal.
Também há três executivos do alto escalão do banco e até familiares de alguns funcionários: eles eram cúmplices na tarefa de não permitir que a mudança em seu padrão de vida chamasse a atenção.